Cada vez mais se houve falar de cidades verdes ou de cidades sustentáveis. O Porto está a seguir esta tendência e quer-se afirmar como tal, nacional e internacionalmente. A câmara Municipal do Porto já lançou o desafio: “Porto quer ser a cidade das coberturas verdes”, e já começa a ver-se medidas neste sentido:
Segundo a Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) existem grandes vantagens na implementação de coberturas verdes nas cidades, como a retenção de precipitação, o isolamento térmico, a proteção e aumento do tempo de vida da impermeabilização, a criação de nichos de biodiversidade, a captação de CO2 e produção de oxigénio.
Porque não conciliar todas estas vantagens com a melhoria da paisagem urbana nalgumas zonas mais degradadas ou sombrias? Beneficiando e valorizando a zona.
Objectivo
Trazer uma nova vida à zona da rotunda da Areosa melhorando a paisagem urbana sob o viaduto.
Achamos que a área em questão foi prejudicada pela construção do viaduto que a tornou mais sombria não tão agradável.
A zona da rotunda da areosa junta bastante movimento de pessoas devido ao seu comércio, é uma zona habitacional, local de paragens de autocarros e confluência de várias importantes avenidas/estradas da cidade.
Propomos então, a colocação de Jardins Verticais nos pilares do viaduto. Acreditamos que o efeito visual tornaria o espaço muito mais agradável. Sugerimos também a colocação de zona ajardinada em parte dos passeios, não obstruindo claro, a passagem de peões.
Serviu como grande inspiração o recente projeto na Cidade do México no qual se desafiam a em 5 anos cobrir mais de 1000 pilares do viaduto que circunda a cidade num percurso de 27 kms. No total serão 60 mil metros quadrados de jardins.
“(…) De acordo com a apresentação do projeto, a inclusão das plantas em ambiente urbano ajudará a filtrar mais de 27 mil toneladas de gases e processará dez toneladas de metais pesados.
A ideia é muito simples e não envolveu nenhuma mudança estrutural nas vias já existentes. A instalação conta com armaduras metálicas cheias de anéis colocadas em volta do pilar. Após fixada, a estrutura recebe painéis pré-fabricados, que incluem um substrato têxtil hidropônico, sobre o qual é colocado o material vegetal e também os espaços publicitários.
As paredes possuem um sistema automatizado de rega, que é controlado remotamente por GPS. A água usada no abastecimento é reaproveitada, sendo colhida da chuva (…).
Todo o projeto é mantido por investimento privado e ainda proporciona o uso de espaços publicitários, como forma de atrair anunciantes e gerar verbas extras.”
Links interessantes:
Website dedicado ao projecto do México
A tendência dos jardins verticais está a espalhar-se por todo o mundo e inevitavelmente se tornam lugares atrativos chamando a atenção dos media e dos que por lá passam. A circunvalação irá sofrer intervenção num futuro próximo e defendemos que faz todo o sentido integrar esta ideia no projeto de remodelação da mesma.
Exemplos internacionais
CaixaForum – Madrid
El Bosco Verticale
El Bosco Verticale foi inaugurado em 2014 e já se tornou um marco arqueitectonico em Milão. As duas torres, uma com 111 metros e outra com 75 metros sustentam por volta de 800 árvores.
O jardim de Patrick Blanc
Parede viva do conhecido Musée du Quai Branly, em Paris. Da autoria de Patrick Blanc, desenhista, inventor, cientista e botânico francês.
Jardim Van Gogh – Londres
Edwards Lifescience, em Irnivi (Califórnia/Estados Unidos)
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