Em pleno processo de Globalização, é cada vez mais frequente darmos de caras com uma inevitável mistura cultural em plena vivência em Sociedade – desde a alimentação aos mais diversos rituais e costumes, a Invicta está hoje envolta numa sociedade plural, que nem sempre se entrecruza da forma mais saudável. Assim, a criação de um festival em que cada cultura pudesse mostrar aos demais aquilo que melhor a caracteriza traria uma mais valia à sociedade Portuense e atrairia sem dúvida um maior número de turistas e, quem sabe, residentes dos quatro cantos do Mundo.
O Porto, como sociedade democrática atual, é alvo de grandes mudanças a nível cultural. Com a globalização e a imigração, possibilitadas pela liberalização dos transportes e meios de comunicação, verifica-se um fluxo de ideias, produtos e cultura. Surge, então, uma necessidade de repensarmos o que cada cultura tem para nos oferecer como sociedade, mas também a forma como a interação entre culturas é estabelecida. Atualmente, uma das formas de interação entre culturas são os festivais de música e concertos, que contam com a presença de artistas estrangeiros e portugueses, e as diversas exposições de, uma vez mais, de artistas de diversas culturas, bem como os diversos estabelecimentos, isto é, restaurantes típicos de diversos países e as múltiplas lojas com produtos vindos de fora.
No entanto, não consideramos estas manifestações suficientes, uma vez que não se verifica uma total coexistência e cooperação entre os diversos povos que habitam a nossa cidade, constituindo eventos isolados e direcionados para uma sóárea de interesse. Desta forma, torna-se necessário celebrar a diversidade com que diariamente somos confrontados. Para isto, sugerimos a criação e realização de festivais multiculturais como forma de fomentar, num mesmo espaço, as diversas manifestações culturais.
A finalidade deste festival seria não sócriar um evento que iria constituir uma atração turística de destaque e incentivar a economia local, mas também assistir na eliminação da ignorância social através da consciencialização cultural e formação intrínseca, independentemente do estatuto social, financeiro, académico e atéidade dos participantes. Isto seria cumprido pelo desenvolvimento e administração de programas, atividades e serviços que visam responder às necessidades educacionais, sociais, culturais e pessoais dos diversos povos que habitam o Porto.
Assim, as atuações musicais, de dança e outras manifestações artísticas e, igualmente pela promoção de atividades intelectuais como debates, apresentação de livros, escrita de poesia e narração de histórias e lendas tradicionais, que possibilitariam dar a conhecer um pouco da tradição e cultura de cada, constituindo um pequeno, porém importante passo na construção de uma comunidade coesa cuja integração de todos seja um ponto fulcral a garantir.
Este seria uma importante ferramenta para combater a alienação e dar oportunidade a artesãos e pessoas que se encontrem desempregadas para venderem os seus produtos e serviços, tudo isto num evento lúdico, sem esquecer a cultura portuguesa e as suas tradições. Juntamente com a gastronomia chinesa, danças tribais, mitos indianos e o flamenco, teríamos também as tripas, o vinho do Porto e o fado que iria promover uma compreensão e respeito pelas distintas culturas do mundo.
Atualmente, em Lisboa tem se vindo a realizar o festival TODOS (http://festivaltodos.com) com entrada livre e cujos objetivos se assemelham aos por nós enumerados, bem como inúmeros festivais no estrangeiro dos quais se destaca o festival Multifest (http://www.multifest.ca) em Nova Escócia.
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