A Foz do Douro – um local emblemático e que, recentemente, sofreu importantes remodelações. Urge agora a criação de infraestruturas que permitam o aproveitamento de todo o potencial recreativo da zona, quer para os turistas, quer para os locais. Desde barcos familiares para os comodistas, a jet-skis para os mais aventureiros, estamos perante um local em que o contacto com a Natureza pode ser feito de uma forma muito mais divertida.
O novo pontão da foz do Douro, criado com o intuito de facilitar o trânsito de embarcações, foi pensando também numa importante vertente científica, com um trajeto submarino que permite a aproximação do Homem à vida submarina. Exemplos semelhantes foram já observados no nosso país, em que obras da engenharia inicialmente pensadas numa vertente económica, foram depois adaptadas para exploração recreativa adicional. Remontando ao ano de 2004, aquando da inauguração da muito polémica barragem do Alqueva, uma avalanche de projetos e ideias surgiram para aquele que viria a ser o maior lago artificial da Europa. Desde então, uma íntima aliança do útil e do agradável permitiu que a produção energética e a reserva hídrica fossem apenas uma pequena parte de todo o potencial criado pela maior barragem do território Português, onde desde cedo o potencial turístico começou a ser explorado. Desportos náuticos, pesca recreativa e desportiva, passeios familiares e científicos foram algumas das atividades que rapidamente se desenvolveram na área. E se recentemente a Foz do Douro sofreu uma importante remodelação, porque não explorar todo o potencial lúdico que daí pode advir? Porque não usufruir, de uma forma responsável e ecológica, de todas as possibilidades recreativas do nosso bem-querido rio Douro?
Assim, levanta-se a possibilidade de criar infraestruturas que permitam ao homem interagir diretamente com a Natureza – um barco a remos onde pai e filho possam perceber toda a dificuldade e diversão de navegar numa centenária peça de engenharia naval; uma gaivota onde uma família possa pedalar pela Foz do Douro; uma lancha a motor para todos os amantes de velocidade sem habilitação para conduzir dentro de água e até quem sabe, uma mota de água ou um jet-ski para os mais aventureiros. Certo é que isto é apenas uma pequena parte de todo o potencial – demonstrações das escolas de canoagem do Porto que poderiam usufruir de dias específicos para recrutar atletas, exibições e provas de circuitos nacionais e internacionais dos mais diversos desportos náuticos e até, quem sabe, um batismo de mergulho se todas as condições de segurança fossem cumpridas.
Estamos certos que é importante respeitar toda a vertente ecológica em que o rio Douro se insere e as condições atmosféricas recentes levantam certamente entraves à aceitação de algumas das ideias acima expressas, mas lembrem-se que a Primavera está a caminho e o Sol mortinho por espreitar e nos presentear a todos com o desabrochar das flores e a enorme vontade de voltar ao contacto com o ar livre. “Por cada dia de chuva em Portugal, há dois dias de sol para aproveitar” (Coca-Cola®, 2011)
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