Num cenário tão típico da invicta e que tantas vezes desperta o interesse turístico, o mercado do Bolhão seria um excelente local para trabalhos artísticos das diferentes escolas de teatro e expressão corporal da cidade do Porto com projetos que retratassem alguns traços culturais tão típicos da nossa cidade, e que muitas vezes passam despercebidos aos turistas que nos visitam.
Os séculos XIX e XX foram culturalmente muito importantes para o desenvolvimento da cidade invicta – a industrialização e a massificação da mão-de-obra feminina abriu portas a um novo mundo, mas também a novos costumes e novas tarefas. Muitas foram as alterações para os habitantes da altura, alterações essas que criaram hábitos e costumes que definiram muito daquilo em que a cidade do Porto e a sua população se tornaram na atualidade.
Porque não retratar alguns dos mais antigos costumes num dos cenários mais tradicionais da cidade? Porque não trazer de volta as lavadeiras do Rio Douro ao mercado do Bolhão, com as suas tão características cantigas e todos os maneirismos que lhes são reconhecidos? Porque não mostrar verdadeiramente como era o comércio e a indústria nos finais do século XIX? As tradicionais peixeiras, os vendedores ambulantes com o burro para transporte de mercadorias, a pisa das uvas para fabrico do Vinho do Porto e até mesmo os tanoeiros na arte do fabrico de barris. Imaginem retratar o quotidiano da época no interior do mercado do Bolhão onde, em pleno séc. XXI, persistem algumas das tradições passadas de geração em geração.
Uma total harmonia entre o presente e o passado seriam criados num cenário de grande atração turística, salientando os nossos costumes, dando a conhecer a nossa cultura e envolvendo os turistas numa viagem histórica cheia de contos e estórias.
Numa nação com mais de 900 anos de existência, a cidade do Porto assume-se como o ex-libris na cultura e tradição, um verdadeiro ponto de interesse e cuja cultura deve ser transmitida abertamente. À semelhança das batalhas retratadas nas tão atuais “Feiras Medievais”, muitos outros traços definiram o nosso trajeto histórico e nos trouxeram cultural e socialmente ao ponto em que nos encontramos atualmente. Vamos louvar o nosso passado, vamos enaltecer os nossos costumes e vamos gabar ao Mundo o significado de ser Tripeiro, de ser Portuense, de ser do Porto.
O Bolhão deveria transformar-se no que está a acontecer com o MM de Matosinhos
Boa sugestão Armando Lopes!
Vamos analisar o Mercado de Matosinhos e possivelmente ainda voltar ao assunto.
Obrigado pelo comentário! Só com a participação de todos é que conseguimos melhorar as ideias 🙂
Ao ler esta ideia e ao facto de se querer recuperar algumas tradições que se foram perdidas e ao mesmo tempo lavar a imagem do bolhão, não tanto como fizeram como no bom sucesso mas arranjar um meio termo para se reforçar o ponto turístico, cultural e funcional do mercado. Como? parte já foi respondida na ideia mas também aproveitar o piso superior como está no bom sucesso.